O coloboma, ou também conhecido como síndrome do olho de gato, é uma malformação do olho, que faz com que a camada média do olho, chamada de úvea, não exista ou esteja alterada. A malformação afeta a estrutura que sustenta a íris e, por isso, seu formato é alterado, ficando semelhante à de um gato, porém a capacidade da visão é quase mantida.
A síndrome do olho de gato é um dos casos mais conhecidos, mas existem outros tipos de alterações das estruturas do olho causadas pelo coloboma, veja a seguir:
Coloboma Palpebral: o bebê nasce com falta de um pedaço da pálpebra superior ou inferior, mas tem uma visão normal.
Coloboma do nervo óptico: faltam partes do nervo óptico, que podem acabar afetando a visão ou causar cegueira.
Coloboma da retina: a retina está pouco desenvolvida ou possui pequenas falhas que afetam a visão, podendo criar manchas escuras na imagem enxergada.
Coloboma macular: existe uma falha no desenvolvimento da região central da retina, por isso, a visão é muito afetada.
Há casos em que o coloboma pode ser bilateral, ou seja, afetar os dois olhos, no entanto, o tipo de coloboma pode variar de um olho para o outro.
A coloboma surge quando há uma mutação genética durante os 3 primeiros meses da gestação. Embora essa mutação possa ser passada de pais para filhos, também existem muitos casos em que acontece espontaneamente, sem que existam outros casos na família.
O tratamento para o coloboma só é necessário quando a alteração provoca dificuldade para enxergar ou algum outro sintoma de grande cômodo. Caso não haja esses sintomas, o oftalmologista apenas faz o acompanhamento a cada 6 meses para avaliar o desenvolvimento do olho, pelo menos, até os 7 anos de idade.
Nos casos em que há necessidade de tratamento, a técnica que é utilizada varia de acordo com o sintoma. Como por exemplo, o uso de lentes de contatos coloridas para esconder a pupila com formato semelhante à de um gato, uso de óculos de sol e colocação de filtros nas janelas de casa ou do carro para diminuir a luminosidade em casos em que existe sensibilidade ocular em excesso, e também, a cirurgia estética que permite reconstruir o pedaço de pálpebra que falta ou restabelecer definitivamente o formato da pupila.
