A conjuntivite neonatal é definida como inflamação conjuntival no primeiro mês de vida. Com graus variáveis de hiperemia conjuntival, secreção ocular e edema palpebral. O diagnósticos diferencial inclui conjuntivite química, conjuntivite adquirida no canal de parto, conjuntivite bacteriana aguda e obstrução congênita de vias lacrimais.
#1 O que causa a conjuntivite neonatal?
Conjuntivite Química: É causada pelo nitrato de prata, aplicado nos olhos de recém-nascidos como prevenção contra o gonococo. O quadro é leve, bilateral, até o segundo dia de vida e resolve espontaneamente em 3 e 4 dias. Não é necessário o tratamento.
Conjuntivite Bacteriana: É obtida no canal de parto causada pelo gonococo, clamídia ou, por herpes simples (menos frequente). Ocorre em recém-nascidos por parto vaginal, os casos podem estar relacionados a complicações oculares e sistêmicas graves.
#2 Conjuntivite Neonatal Bacteriana
Conjuntivite Gonocócica: Inicia na primeira semana de vida, ela atinge os dois olhos e severa, com edema palpebral e secreção purulenta abundante. É necessário tratamento urgente e há a necessidade de internação se suspeita de artrite, meningite e sepse. Se não tratada, pode evoluir para a úlcera de córnea, perfuração ocular e cegueira.
Conjuntivite Clamidiana: Geralmente, inicia entre na segunda ou terceira semanas de vida, podendo atingir um olho ou ambos. A secreção normalmente é purulenta, perdurando por até 12 meses se não tratada. Pneumonia, rinite e otite podem estar associadas às causas.
Conjuntivite Herpética: Iniciando até a segunda semana de vida, está associada à lesões vesiculares na pele e possivelmente à encefalite. A conjuntivite Herpética em recém-nascido exige internação hospitalar.
